MUSIC HALL
Ancorada no
seu banquinho e nas suas recordações, uma artista de music-hall recorda sem
descanso a vida que levou, noite após noite, com um público cada vez mais rude
e desinteressado. Tentando sobreviver nos arrabaldes cinzentos, essa senhora e
seus dois auxiliares agarram-se como podem a um mundo que os rejeita, na vaga
esperança de reencontrarem um lugar, uma réstia de glória, um projetor de luz
que os tire do anonimato.
Através
desta metáfora, o autor Jean-Luc Lagarce interroga-se sobre o sentido do
destino humano. «Afinal de contas, não estaremos todos nós confrontados,
inclusive fora do palco, com o êxito, o fracasso, a dúvida e a incompreensão
total ? » questiona o diretor.
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