DEVAGAR
de Howard Barker
Teatro Carlos Alberto
Porto
16 de Novembro a 2 de Dezembro
Quarta a Sábado às 21h30
Domingos às 16h00
As Boas Raparigas têm vindo a apurar ao longo dos anos
as suas escolhas artísticas: nos encenadores que selecionam, nos textos que
escolhem para levar à cena, nos atores que procuram para veicular os textos.
Mas nenhum dramaturgo conseguiu tornar-se tão íntimo
da companhia como Howard Barker. O enfant terrible da dramaturgia
inglesa contemporânea já criou uma peça exclusiva para a companhia, visitou-nos
para conferenciar sobre o seu teatro da Catástrofe, e aguarda instruções para
que possa realizar no Porto um workshop de interpretação.
As Boas Raparigas têm-lhe prestado reverência, sendo
já quatro as encenações efectuadas a partir de textos do autor: palavras que
trabalham na ideia de como os mortos podem
transformar as vidas dos vivos em “Mãos mortas”, sobre a violência e as suas
consequências em “Possibilidades”, soltando a energia e força libertadora que
existe na versão retrabalhada do clássico de Tchekov, “Tio Vânia” e por fim em
“Mulheres Profundas/ Animais superficiais” que valeu aos atores
envolvidos no espetáculo a Menção Honrosa da Crítica pela Associação dos
Críticos Portugueses em 2010.
Em 2012, ano de todas as crises, económica, social,
política, mas também moral, não queríamos deixar de fazer regressar ao Porto,
Howard Barker e as suas palavras de catástrofe, textos repletos de ideias
desafiadoras, de história, beleza, violência e comédia imaginativa, tudo
reunido nos extremos da experiência humana para criar uma experiência teatral
poderosa.
Numa escolha que não é aleatória, As Boas Raparigas
reúnem num só espectáculo duas das últimas obras saídas da mente de Howard
Barker: Devagar e um texto da obra Cinco Nomes. Ambos procuram e
lutam por encontrar um sentido dentro da matriz desafiadora da moralidade, da
sexualidade e da morte, que só o teatro pode oferecer.
Trabalhar e apresentar um texto de Barker
num palco é garantir um espetáculo intelectualmente estimulante, emocionalmente
carregado, e politicamente pertinente.
SINOPSE
Devagar é um percurso. Acompanhamos o trajeto interior de quatro princesas que
debatem o seu destino enquanto os bárbaros se aproximam do palácio da cultura
decadente...
O seu final está próximo e o decoro requer o suicídio.
Mas para algumas delas, a possibilidade de vida é demasiado empolgante.
Questionam, debatem e discordam, a partir de uma
única premissa: “Temos de morrer.”
O mundo de Devagar sobrepõe a cultura à vida
individual, e como a cultura é construída sob o legado dos mortos, isso faz com
que a lealdade aos mortos seja uma maior afirmação de dignidade do que a luta
pela existência. Em Devagar a convulsão social encontra o individualismo
e a cultura para debate. Há dignidade no suicídio? Será que nos rebaixamos
quando lutamos pela sobrevivência?
Ficha
Artística
Autor│ Howard
Barker
Tradução│
Constança Carvalho Homem
Encenação│
Rogério de Carvalho
Assistente
de encenação│ Carla Miranda
Cenografia│ Cláudia Armanda
Desenho de Luz │ Jorge Ribeiro
Sonoplastia│ Luís Aly
Figurinos
│ Catarina Barros
Elenco│ Anabela
Sousa ,Carla Miranda, Maria do Céu Ribeiro, Miguel Eloy, Sandra Salomé
CO-PRODUÇÃO As Boas Raparigas…/TNSJ
As Boas Raparigas é apoiada pelo Governo de Portugal |
Secretário de Estado da Cultura
Informações
As Boas
Raparigas...
Rua da
Constituição, 814 - 3º, sala 17 4200 - 195 Porto
Tel. 225 373 265 Tlm. 961 487 507
http://asboasraparigas.blogspot.pt/
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- Terça‑feira a Sábado 14:00-19:00 (ou até às 22:00, nos dias em que há espetáculos em exibição)
- Domingo 14:00-17:00
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